Finanças Pessoais

@filhocf em 20/03/2018

Acumulo de Capital e Renda Passiva para Aposentadoria

A minha dúvida refere-se ao quanto eu precisaria acumular para ter uma renda passiva de R$ 100.000,00 por ano?

E não menos importante, como (%) esse acúmulo de patrimonio deveria estar alocado entre ações, FII e renda fixa (debentures incentivadas, CRIS e CRAs)?  Qual a melhor estratégia?

Eu realmente tenho essas dúvidas.  Obrigado

4 Respostas

@max em 20/03/2018

Mais votada

A dúvida é muito comum e vou dar meus 2 centavos.

Sobre o montante necessário, vamos supor que você separe 6% de renda passiva para usufruto, ou seja, do capital principal, você quer retirar até 6% ao ano e obter os 100 mil para gastar. Dividindo 100 mil por 6%, você chega em 1,66 milhão. De onde tirei 6%? É uma alíquota conversadora, e leva em conta que você irá reinvestir o excedente. Por exemplo, se teve um rendimento de 10%, poderá usar 6% para seus gastos e os outros 4% para aumentar o seu patrimônio e compensar a inflação e a alta dos seus custos.

A outra parte é mais pessoal e não tem resposta definitiva. Qual seu perfil de risco? Quando irá começar a fruição? Eu uso a estratégia que o Tiago, da Suno, já falou várias vezes: aporto na melhor oportunidade do mês durante a fase de acumulação. Se for em ações, ótimo. Se for em FIIs, ótimo. Com o passar do tempo, as oportunidades mudam e essa relação entre uma classe de ativos e outra mudará na minha carteira. Já renda fixa, debêntures e afins, eu não invisto. Uso a renda fixa para reserva de emergência e para aplicar o capital que irá para ações ou FIIs, mas não para investimento, apenas como forma de atualização monetária.

Você pode definir que quer 50% em ações e 50% em FIIs, mas o que realmente importa é ter boas empresas e bons produtos imobiliários. Se observar isso e tiver uma carteira 100% em FIIs, como o Baroni, provavelmente terá sucesso nas suas metas. Se tiver só ações, como o Barsi, mas sempre observando este critério básico, também terá grandes chances de sucesso.

A diversificação vai muito além do que simplesmente definir percentuais estáticos e ficar buscando um eterno equilíbrio que talvez não seja necessário.

  • @tiagoguitian em 20/03/2018

    Eu conheço um investidor que tem 100% investido em fundos imobiliários, e vive muito confortável com isso.

    Fundos Imobiliários são ativos de baixa volatilidade de fluxo de caixa e também na cota quando comparamos com ações.

    É possível encontrar fundos que paguem 7% real de renda, ainda no mercado de hoje.

    Pensando assim, para tem uma renda de R$100.000,00 você precisaria de cerca de R$1,4 milhão aplicado em fundos imobiliários.

    Alguns podem pensar “ahhh é muito dinheiro, eu não tenho este patrimônio”. E realmente é bastante patrimônio.

    Mas o mercado de capitais permite você acumular este patrimônio ao longo do tempo, adquirindo um pouquinho todo mês com a sua poupança no orçamento mensal somada a reaplicação dos dividendos.

    Se você fizer isso, eu tenho convicção de que você chegará neste patrimônio.

  • @max em 20/03/2018

    A dúvida é muito comum e vou dar meus 2 centavos.

    Sobre o montante necessário, vamos supor que você separe 6% de renda passiva para usufruto, ou seja, do capital principal, você quer retirar até 6% ao ano e obter os 100 mil para gastar. Dividindo 100 mil por 6%, você chega em 1,66 milhão. De onde tirei 6%? É uma alíquota conversadora, e leva em conta que você irá reinvestir o excedente. Por exemplo, se teve um rendimento de 10%, poderá usar 6% para seus gastos e os outros 4% para aumentar o seu patrimônio e compensar a inflação e a alta dos seus custos.

    A outra parte é mais pessoal e não tem resposta definitiva. Qual seu perfil de risco? Quando irá começar a fruição? Eu uso a estratégia que o Tiago, da Suno, já falou várias vezes: aporto na melhor oportunidade do mês durante a fase de acumulação. Se for em ações, ótimo. Se for em FIIs, ótimo. Com o passar do tempo, as oportunidades mudam e essa relação entre uma classe de ativos e outra mudará na minha carteira. Já renda fixa, debêntures e afins, eu não invisto. Uso a renda fixa para reserva de emergência e para aplicar o capital que irá para ações ou FIIs, mas não para investimento, apenas como forma de atualização monetária.

    Você pode definir que quer 50% em ações e 50% em FIIs, mas o que realmente importa é ter boas empresas e bons produtos imobiliários. Se observar isso e tiver uma carteira 100% em FIIs, como o Baroni, provavelmente terá sucesso nas suas metas. Se tiver só ações, como o Barsi, mas sempre observando este critério básico, também terá grandes chances de sucesso.

    A diversificação vai muito além do que simplesmente definir percentuais estáticos e ficar buscando um eterno equilíbrio que talvez não seja necessário.

  • @filhocf em 20/03/2018

    Muito obrigado pelas respostas!  Um abraço

  • @bpmilhao em 20/03/2018

    Vou deixar minha opinião também. Se quiser mais tranquilidade e só receber o “salário” do mês, vá de FII e seja feliz.

    Se quiser estudar o mercado e procurar boas alternativas, inclua umas debêntures incentivadas, CRI e CRA. Eu tenho algumas debêntures que me pagam muito bem por mês mas como estou na fase de acumulação eu reaplico tudo.

    O menos indicado para ter a renda praticamente fixa todos os meses são as ações pois você deveria ter tempo para estudar quais empresas pagam bons dividendos e quando para poder fazer uma carteira que te pague os dividendos de tempos em tempos pra você se more ter renda.

    Já se quiser investir nos EUA, lá as ações pagam regularmente dividendos a cada 3 meses, ou seja, fica bem fácil montar uma carteira pra receber dividendos todos os meses.

  • mar 2018
  • 20 mar
  • mar 2018